quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Volte.


Chega a ser engraçada a forma como eu me vejo agora, longe de você. O natural das coisas é que o tempo passe e duas pessoas que não mantém contato acabem caindo no esquecimento, mas com você não! Você se faz presente em meu pensamento como se cada momento lembrado tivesse acontecido a um minuto atrás, como se cada beijo ainda estivesse gravado na minha boca. O cheiro, o jeito, tudo fica nítido numa lembrança que deve fazer parte do passado e teima em se formar no hoje. Até as brigas, as discussões sem causa, sem fundamento, tudo vira saudade longe de você. Talvez eu tenha me enganado em achar que com sua partida as coisas ficariam mais fáceis pra mim, eu insisto mas nunca soube mesmo lhe dar com a falta de alguém que tem casa própria no meu peito. Então que você demore mais pra voltar, quem sabe eu não tenha tido tempo suficiente pra te deixar no passado, e se você voltar eu me escondo, corro pra longe de toda alegria que eu sinto estando perto de você. Parece ridículo falando assim, que tipo de pessoa foge da alegria? Com essa pergunta eu só tenho mais certeza de que o melhor é que você fique longe de mim mesmo, por que se até da felicidade eu duvido quando se trata de nós dois, no que mais eu vou acreditar nessa vida? Ou que você volte... Mas volte pra me mostrar que não adianta querer negar o fato de que você faz falta e sempre vai fazer. Volte pra dizer que tudo não passou de brincadeira e que agora sim vai ser de verdade, que tudo que nós temos pra viver vai ser vivido com a vontade de quando nos conhecemos. Volte, e mostre pra mim que você não é esse homem de falsas palavras que eu tenho gravado na minha memória nesse exato momento, mas mesmo assim não deixo de me imaginar deitada com a cabeça encostada em seu peito, totalmente fraca, porém sem nenhum pingo dessa maldita saudade. Mas VOLTE!

Nenhum comentário:

Postar um comentário