quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Outra vez.


Nada voltará a ser o mesmo entre nós dois. Mais outro véu se soltou. Ler-me-às e nunca mais a leitura voltará a ser apenas leitura. Decifrar a tatuagem da minha pele, desenvolver a palavra da sua encarnação e fazê-la retornar ao espírito nunca mais voltará a ser apenas leitura; será também cópula. Poderás ler-me sozinho ou diante dos outros, poderás ler-me como um lento crescendo ou em impulsos rítmicos, poderás ler-me antes de durmir para poder sonhar com esta que vos fala, poderás lerm-e do princípio ao fim ou escolher a página que preferires, poderás lerm-e de trás para diante ou de diante para trás. Mas o melhor de tudo é que, sempre que o desejares, poderás reler-me.

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