quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Depois me apaixonei.


Eu faço amizade por afinidade, eu namoro quando tenho afinidade e só me caso por amor e com direito a eternidade. Pra mim não há nada mais significativo do que esses "tudos". Minhas intimidades não estão relacionadas a sexo ou a nudez, porque estar dentro do peito de alguém e ter vivenciado em seus pensamentos outrem é estar conectado pelo afeto e pelos momentos divididos, juntos ou a distância. Há sempre algo me lembrando de ti com muita constância. Você tem um conhecimento sobre mim muito profundo que você sabe como eu responderia a qualquer situação, porque você sabe sentir as minhas sensações. Eu sei quem és pra mim assim, quando em momentos simples do cotidiano tu te tornas sem sombra de dúvidas protagonista da minha vida, participando das cenas e tornando menos solitária minha pobre existência. Eu me reconheço em você. Quando as leis da física nos permitirem estar em um mesmo lugar e convivendo o mesmo tempo, as conversas varam madrugadas, ou se as palavras nos faltam, olhar o horizonte na mesma direção já basta. Nossos olhos são diferentes, mas temos o mesmo olhar. Na impossibilidade do toque, te sinto quando o vento bate em mim quando entra pela janela do meu quarto, ou pelos sonhos que tenho contigo. Ser íntima de ti é penetrar em tuas barreiras, ir até o teu mais profundo, e descobrir o que existe no teu coração. Saber da tua luz e conhecer a tua sombra. É muito mais do que derrubar os pudores, é uma alquimia de duas vidas que se encontram e que se sabem. Muitas pessoas que não conhecemos muito bem parecem ser interessantes. Mas o melhor de se conhecer alguém é que quanto mais mergulhamos mais queremos estar afundadas nela. Ao contrário dos cursos comuns de relacionamento, " Quanto mais te conheço e convivo com você, mais te amo" . Me apeguei e depois, apenas depois me apaixonei.
Pedro.

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