sábado, 11 de setembro de 2010

Nos resta a paz.


[..] Prefiro acreditar que o amor sem conotação romântica também pode justificar uma existência, que ele pode tornar uma pessoa, senão plena, ao menos leve e alegre, sem necessidade de buscas intermináveis. Mas não é isso que dizem livros, músicas, filmes e poemas. Se não amamos alguém, é uma vida vivida sem integralidade. Pode até ser uma vida boa, mas não é uma vida que valha a pena ser contada. Diante dessa sentença, fazer o que? É ele que desejamos, é por ele que procuramos, é nele que queremos tropeçar, nem que seja aos 90 anos, nem que seja quando estivermos secos de tanto fazer burrada, nem que seja pra durar três dias, nem que seja pra nos fazer sofrer, nem que nos arrebentemos, como tantos se arrebentam em seu nome. Quem mais nos colocaria assim de joelhos? Sem amor, nos resta a paz. Porém uma paz, sem gosto.

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