sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Onze Minutos, two.


Se eu tivesse que contar hoje a minha vida para alguém, poderia fazê-lo de tal maneira que iriam me achar uma mulher independente, corajosa e feliz. Nada disso: estou proibida de mencionar a única palavra que é muito mais importante que os onze minutos -amor. Durante toda a minha vida, entendi o amor como uma espécie de escravisão sentida. É mentira: a liberdade só existe, quando ele esta presente. Quem se entrega totalmente, quem se senti livre, ama o máximo. E quem ama o máximo se sente livre. Por causa disso, apesar de tudo que posso viver, fazer, descobrir, nada tem sentido. Espero que este tempo passe rápido, para que eu possa voltar à busca de mim mesma- refletida em um homem que me entenda, que não me faça sofrer. Mas que bobagem é esta que eu estou dizendo? No amor, ninguém pode machucar ninguém; cada um de nós é responsável por aquilo que sente , e não podemos culpar o outro por isso. Já me senti ferida quando perdi os homens pelos quais me apaixonei. Hoje estou convencida que ninguém perde ninguém, porque ninguém possui ninguém. Essa é a verdadeira experiência da liberdade: ter a coisa mais importante do mundo, sem possuí-la.


Paulo Coelho.

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